Especuladores compraram e puxaram os preços futuros do café arábica para as máximas em duas semanas na bolsa ICE Futures US, em Nova York. Os contratos mais líquidos, com vencimento em julho, saltaram 305 pontos ou 2,33% e fecharam a 133,90 cents/lb.
Analistas atribuíram a maior parte dos ganhos à força técnica, que pode atrair mais compradores para o mercado futuro no curto prazo. Compras automáticas alimentaram a alta inicial e a máxima da sessão foi 134,70 cents/lb. O rali de hoje contrariou as tentativas dos traders baixistas de chegar a uma nova mínima. Isso sugere que os preços ainda têm viés de alta.
"O café manteve o suporte nos 130 cents como uma rocha. Agora está trabalhando na direção mais fácil, que é para cima", disse o analista James Cordier, presidente da Liberty Trading Group. "Provavelmente voltaremos para 136 ou 137 cents neste rali." No entanto, Cordier ponderou que, se os preços continuarem subindo para esses níveis, os altistas precisarão de mais razões para puxá-los.
A ampla safra brasileira, que pode ser de até 60 milhões de sacas, provavelmente limitará ralis para além de 137 cents/lb. A atividade do mercado físico se tranquilizou, à medida que produtores e traders passaram a vender menos nos preços oferecidos atualmente. Segundo Rodrigo Costa, vice-presidente de vendas institucionais da Newedge, "a queda dos preços futuros não tem ajudado".
Costa acrescentou que as dúvidas sobre a qualidade do café da grande safra brasileira podem fazer com que os produtores segurem os melhores grãos, liberando-os em pequenas quantidades quando os preços subirem para níveis favoráveis a eles.
A ICE Futures US informou que o volume estimado de contratos negociados hoje foi de 21,7 mil lotes, além de 5,4 mil opções de compra e 1,6 mil opções de venda. As informações são da Dow Jones.
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