Os contratos futuros de café arábica encerraram a terça-feira com perdas na bolsa ICE Futures US, em Nova York, assim como a maioria das outras commodities. Incertezas sobre a dívida da Grécia e a situação econômica na zona do euro reduziram o interesse dos investidores de assumir posições mais arriscadas. Os lotes para entrega em julho, mais negociados, fecharam em baixa de 180 pontos ou 1,36%, cotados a 130,85 cents/lb.
No entanto, o café foi capaz de se manter acima de importante área de suporte nos 130 cents/lb, evitando, assim, vendas técnicas. O analista Boyd Cruel, da corretora Vision Financial Markets, disse que "o café esteve sob pressão por conta da fraqueza das commodities (em geral)". O fato de o mercado acionário também ter registrado perdas, em meio a preocupações com a dívida de Portugal, alimentou o tom defensivo. "Tudo foi arrastado", disse Cruel.
Ele explicou que o suporte técnico nos 130 cents/lb, mínima de 25 de fevereiro, foi testado uma série de vezes neste mês, mas o mercado não o rompeu ainda. A mínima da sessão foi 130,20 cents/lb. "Se passarmos de 130 cents, eu não ficaria surpreso em ver algumas ordens automáticas de venda serem acionadas", disse Sterling Smith, analista da Country Hedging.
Cruel comentou, ainda, que há potencial para que o café se valorize até o início de maio. Seria um movimento sazonal realizado na medida em que traders incorporam a possibilidade de o inverno ser bem frio no Brasil. A preocupação não está relacionada à colheita, mas qualquer geada poderia danificar plantas e afetar a safra do ano seguinte, segundo Cruel.
A ICE Futures US informou que o volume estimado de contratos negociados hoje foi de 16,5 mil lotes, além de 4,1 mil opções de compra e 3,7 mil opções de venda. As informações são da Dow Jones.
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