09/11: Café segue outras commodities

Os preços futuros do café arábica encerraram a segunda-feira em terreno positivo na bolsa ICE Futures US, em Nova York, estimulados pela valorização de outras commodities.
Os contratos mais líquidos, com vencimento em dezembro, subiram 115 pontos ou 0,83% e fecharam a 140,05 cents/lb.
Em seu melhor momento, os futuros atingiram 142,25 cents/lb, mas participantes do mercado realizaram lucros e limitaram os ganhos.A queda do dólar combinada à valorização do petróleo e de metais preciosos ergueu os índices de commodities, que impulsionaram os preços do café. Operadores disseram que preocupações sobre as safras do Brasil e da Colômbia, além das enchentes no Vietnã, deram suporte adicional.
O analista Jack Scoville, da corretora Price Futures Group, afirmou acreditar que "vimos a fraqueza do dólar mais do que qualquer outra coisa".Ele acrescentou que "em geral, o mercado continua apertado". "Acho que há algumas preocupações legítimas sobre o que está acontecendo no Brasil. Além disso, a Colômbia está tendo chuvas menos intensas do que o esperado, o que pode prejudicar a floração", completou. A produção mundial de café 2009/10 pode ser inferior à estimada para 2008/09, de 128,1 milhões de sacas, em razão do clima adverso no Brasil e no Vietnã, segundo a Organização Internacional do Café (OIC).
As fortes chuvas que atingiram as lavouras do Brasil, maior produtor mundial da commodity, "podem afetar a qualidade da safra, assim como a floração no ano-safra 2010/11", afirmou a OIC em relatório. "O Vietnã também foi afetado pelo clima ruim, o que poderá resultar em algum impacto na safra atual."Traders continuam realizando operações de spread entre os contratos dezembro e março, à medida que se aproxima o primeiro dia de notificação, em 19 de dezembro, segundo um corretor.De acordo com a bolsa ICE Futures US, o volume estimado de contratos negociados hoje foi de 28 mil lotes, além de 5,7 mil opções de compra e 1,8 mil opções de venda.

05/11: Fundos seguram o mercado

Fundos especulativos compraram posições hoje e puxaram os preços futuros do café arábica na bolsa ICE Futures US, em Nova York. Os contratos mais líquidos, com vencimento em dezembro, subiram 135 pontos ou 0,96% e fecharam a 142,10 cents/lb.

O mercado acionário aquecido e operações de spread também ofereceram suporte.O mercado conseguiu manter hoje o suporte nos 139,70 cents/lb, o que estimulou as compras. Ordens automáticas de compra conduziram os preços para a máxima da sessão, a 144 cents/lb. Mas participantes do mercado embolsaram os lucros antes do fechamento e limitaram uma maior valorização.

Além disso, os principais índices de commodities registraram perdas e pesaram sobre os mercados."Foram só o café e o índice Dow Jones que fecharam com ganhos, por isso acho que faltou participação de grupos", disse Alonso Tomas, trader da Hencorp Futures, referindo-se à ausência de continuidade das compras quando as cotações se aproximaram das máximas.

Em Wall Street, o sentimento do investidor melhorou e o mercado de ações registrou ganhos. Isso aumentou o interesse de compra de commodities como o café.Um corretor disse que participantes do mercado continuaram realizar operações de spread entre os contratos dezembro e março, à medida que se aproxima o primeiro dia de notificações, em 19 de dezembro.Há rumores de o que furacão Ida provocará enormes quantidades de chuva na Nicarágua e em Honduras, com riscos de deslizamentos de terra. Embora ele possa afetar a colheita de café naqueles países, os traders não se mostraram muito preocupados. Tomas lembrou que "em comparação com o Brasil e a Colômbia, eles produzem muito pouco".De acordo com a bolsa ICE Futures US, o volume de contratos negociados hoje foi de 33,3 mil lotes, com 5,9 mil opções de compra e 1,8 mil opções de venda.

04/11: O mercado de café não consegue dar sequência ao movimento de alta

Os preços futuros do café arábica encerraram a quarta-feira com perdas marginais na bolsa ICE Futures US, em Nova York, pressionados por realização de lucros. Os lotes para entrega em dezembro, os mais negociados, fecharam em baixa de 35 pontos ou 0,25%, cotados a 140,75 cents/lb.

O dólar recuou em relação ao real e as ações se valorizaram, fatores que influenciaram o mercado positivamente. Mas os participantes do mercado estavam um tanto ansiosos quanto à decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para as taxas de juros e evitaram comprar mais.

Há pouco o Fed anunciou que os juros foram mantidos entre zero e 0,25% ao ano, nível em que estão desde dezembro passado. O Fed também melhorou sua avaliação sobre o estado da economia, de modo que o mercado acionário respondeu positivamente.

Os traders também continuam preocupados com a floração da safra brasileira, já que o excesso de chuvas pode ter prejudicado seu desenvolvimento. Ainda há incertezas sobre a qualidade e a produtividade das lavouras.

O analista James Cordier, da corretora Optionsellers.com, disse que "a discussão permanece em quanto a floração foi reduzida no Brasil por causa das chuvas". No entanto, ele sente que esses rumores estão exagerados e que a safra 2009/10 não sofrerá tanto quanto muitos andam dizendo. Apesar disso, Cordier acredita que a produção possa cair 1 milhão de sacas, para 3 milhões de sacas. O Brasil é o maior produtor mundial da commodity.

De acordo com a bolsa ICE Futures US, o volume estimado de contratos negociados hoje foi de 21,6 mil lotes, com 4,5 mil opções de compra e 2,7 mil opções de venda. As informações são da Dow Jones.

03/11: Realização depois de forte alta

Os preços futuros do café arábica, negociado na bolsa ICE Futures US, em Nova York, foram pressionados hoje por realização de lucros após o rali de ontem, em que as cotações subiram 5,1%.

Os contratos mais negociados, com vencimento em dezembro, caíram 125 pontos ou 0,88% e fecharam a 141,10 cents/lb. Durante a maior parte do dia o dólar se depreciou diante do real e ajudou a aumentar o interesse pelas compras. Mas a realização de lucros já era esperada, depois que o contrato dezembro atingiu seu maior patamar em uma semana, na segunda-feira, quando compras de especuladores puxaram os preços.

O analista Hernando de la Roche, diretor da corretora Hencorp Coffee, disse que "vimos hoje um pouco de realização de lucros pela manhã e eu diria que, depois disso, houve algumas compras de indústrias".

Um corretor afirmou que hoje houve uma pressão maior das vendas de produtores, já que o Brasil e o México voltaram do feriado. Segundo de la Roche, os traders permanecem preocupados quanto à floração nas lavouras brasileiras, que pode ter sido afetada pelo excesso de chuvas observado em outubro.

Na Colômbia, as principais regiões produtoras estão sofrendo com chuvas irregulares. Segundo o Centro de Pesquisas Nacional de Café da Colômbia, quase todas as principais áreas reportam redução expressiva da safra em relação às médias. A instituição afirma que o padrão incomum do clima está causando problemas severos à safra 2009/10. Hoje, o mercado recebeu a notícia de que o consumo mundial de café permanece forte e crescerá pelo menos 1,5% em 2009, para 132 milhões de sacas, segundo o diretor executivo da Organização Internacional do Café (OIC), Nestor Osorio. Ele disse que a Organização não encontrou nenhuma evidência de que o consumo de café tenha sido atingido pelos problemas econômicos, e acrescentou que os números finais deste ano devem indicar um crescimento ainda maior. "O consumo mundial de café segue aumentando de 1,5% a 2,0% e esperamos ver um crescimento, em 2009, entre 1,5 milhão e 2 milhões de sacas, totalizando aproximadamente 132 milhões de sacas", disse, em entrevista por telefone à agência Dow Jones. A demanda por café no mundo tem crescido em média 2,4% ao ano desde 2000, segundo a OIC.

De acordo com a bolsa ICE Futures US, o volume estimado de contratos negociados hoje foi de 23,9 mil lotes, com 4,1 mil opções de compra e 1,2 mil opções de venda. As informações são da Dow Jones.

02/11: A fúria do café!!! Alta de 5,1%.

O mercado futuro de café na ICE Futures fechou com alta de 5,1% nesta segunda-feira. Amparado por fatores técnicos, pela alta das commodities e pelo mercado de ações. O vencimento para dezembro subiu 685 pontos a 142,35 cents.

Alguns analistas não enxergam nada de novo no mercado. Grande parte do movimento de alta foi técnico. O mercado encontrou forte suporte em 135,00 cents e como estava sobre vendido, acabou gerando esse movimento de alta.
Escalas de resistências foram rompidas em 138,00, 139,00 e 140,00 cents. As atenções voltam novamente para o nível de 145,40 cents que no último movimento de alta não foi rompido. Outras resistências são: 147,85 e 154,05 cents. Abaixo dos 140,00 cents o mercado perde força e a mira pode voltar para 135,00 cents.
O volume foi de 34.361 lotes.

29/10: PIB americano renova os ânimos das commodities

Os preços futuros do café arábica encerraram a quinta-feira com variação positiva na bolsa ICE Futures US, em Nova York, impulsionados por dados positivos sobre o crescimento econômico dos Estados Unidos.

Os contratos mais movimentados, com vencimento em dezembro, subiram 215 pontos ou 1,60% e fecharam a 136,75 cents/lb.

A maioria das commodities, inclusive o café, registrou ganhos hoje depois que o Departamento do Comércio dos Estados Unidos informou um crescimento anualizado de 3,5% no PIB norte-americano, no terceiro trimestre. As expectativas ficavam em torno de 3,2%. Esse aumento se deu, em grande parte, por uma elevação de 3,4% no consumo.

Dessa forma, os Estados Unidos saíram tecnicamente da recessão. A notícia mostrou que o consumo permanece forte no país e muitos traders acreditam que haverá um aumento da demanda por commodities no mercado físico. "Embora o relatório sobre o PIB esteja sujeito a uma revisão, certamente se trata de um passo na direção certa", disse o analista Sterling Smith, da corretora Country Hedging.

Smith afirmou que o dólar foi pressionado pelos resultados da economia e o mercado acionário se aqueceu, o que encorajou traders a assumir investimentos mais arriscados, como as commodities.

Outra notícia importante divulgada hoje foi a de que a safra mundial de café 2009/10 terá excedente de 14,66 milhões de sacas, segundo o BNP Paribas Fortis Bank. Trata-se de uma pequena redução ante a estimativa de junho, de 14,86 milhões de sacas. O Fortis calcula que a produção mundial deverá ficar em 143,2 milhões de sacas na safra 2009/10, ante 133,86 milhões no período anterior. Analistas do Commerzbank esperam maior oferta no Brasil, na Colômbia e na América Central no ano que vem. Eles acreditam que os futuros subirão alguns degraus, mas que ficarão próximos aos 150 cents/lb no ano que vem. De acordo com a bolsa ICE Futures US, o volume estimado de contratos negociados hoje foi de 18,16 mil lotes, com 3,4 mil opções de compra e 1,3 mil opções de venda.