A queda do dólar ante outras moedas fortes, reflexo do otimismo do mercado com a notícia do plano europeu de resgate à Grécia, ajudou a impulsionar o café pela manhã. A desvalorização do dólar estimula as commodities à medida em que aumenta o poder de compra de empresas e especuladores que usam outras moedas.
Compras de fundos especulativos e torrefadoras ajudaram a sustentar as cotações. Segundo analistas, o mercado consolidou-se após acumular perda de 3,4% na semana passada. "A menos que façamos novas mínimas, abaixo de 132,50 cents, temos condições de voltar a operar entre 135,00 e 137,00 cents/lb", afirma Rodrigo Costa, vice-presidente de vendas institucionais da corretora Newedge USA, em Nova York.
Costa observou que as torrefadoras parecem tentar intensificar suas compras sazonais diante da disponibilidade limitada de café no mercado. "Embora se espere uma safra cheia no Brasil, ainda há incertezas sobre a qualidade já que os melhores grãos geralmente são vendidos mais tarde", lembrou.
Entre outras notícias, a Organização Internacional de Café (OIC) informou hoje que a produção mundial de café em 2009/10 deve alcançar 122 milhões de sacas de 60 quilos cada. O dado ficou abaixo da estimativa anterior, de 123,1 milhões de sacas, além de assinalar uma queda de 4,8% ante o volume registrado em 2008/09.
A OIC espera que o consumo global aumente para quase 132 milhões de sacas em 2009/10, ante 130 milhões de sacas na última temporada. "Levando em conta as perspectivas de produção, é provável que a demanda continue superando a oferta nos próximos meses", afirmou Nestor Osorio, diretor executivo da organização.
O volume final de futuros negociados hoje foi estimado em 42,7 mil lotes, além de 2,7 mil opções de compra e 1,5 mil opções de venda.
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