Os contratos futuros do café arábica terminaram a quinta-feira com valorização na bolsa ICE Futures US, em Nova York. Compras de fundos especulativos mantiveram os futuros em território positivo, diante da depreciação do dólar. Os lotes para entrega em julho, os mais negociados, fecharam em alta de 70 pontos ou 0,52%, cotados a 134,60 cents/lb.
A queda do dólar frente a uma cesta de moedas estimulou compras de fundos no setor de commodities. Traders adotaram posições mais arriscadas, embora os ganhos no mercado sejam muito menos expressivos depois do rali de quarta-feira, já que os futuros flertaram com a resistência técnica na máxima de 135 cents/lb.
Entretanto, a valorização é limitada pela forte resistência que está sobre o mercado e pelos fundamentos baixistas relacionados à próxima safra brasileira, segundo um corretor. Traders avaliam que a colheita do Brasil totalizará até 60 milhões de sacas.
Os altistas, por sua vez, entendem que a safra pode ser de baixa qualidade, de modo que os melhores grãos serão guardados pelos produtores para venda quando os preços forem mais altos. Também há rumores de que o melhor café já tenha sido exportado ou esteja sendo consumido domesticamente.
Na Colômbia, maior produtor de café suave lavado, o clima seco é uma preocupação. As áreas de produção sofreram com falta de chuvas em fevereiro, de acordo com o Centro Nacional de Pesquisa de Café do país.
Tecnicamente, o contrato julho encontra resistência a 138 e 141 cents/lb, de acordo com o analista Spencer Patton, chefe de investimentos da Steel Vine Investments. Ele acredita que o café terá força adicional antes de voltar a ceder e testar a área de 130 cents/lb, em meados de maio.
A ICE Futures US informou que o volume estimado de contratos negociados hoje foi de 14,5 mil lotes, com 5,8 mil opções de compra e 2,4 mil opções de venda. As informações são da Dow Jones.
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