Os preços do café negociado na ICE Futures US encerraram esta quarta-feira com quedas, depois de terem atingido seus melhores níveis em três semanas, com compras relacionadas, principalmente, à preocupação com o frio no Brasil.No encerramento do dia, o julho teve desvalorização de 115 pontos, com a libra a 135,40 centavos, sendo a máxima em 138,10 e a mínima em 135,20 centavos por libra, com o setembro tendo retração de 115 pontos, com a libra a 136,90 centavos, sendo a máxima em 139,55 e a mínima em 136,75 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição julho registrou perda de 11 dólares, com 1.338 dólares por tonelada, ao passo que o setembro registrou desvalorização de 12 dólares, com 1.373 dólares por tonelada.
Os preços do café se valorizaram quase 3% nas duas últimas semanas, quando o mercado adquiriu um status de "climático". As zonas produtoras de café do Brasil estão esperando temperaturas mais baixas desde a metade de maio. Não há a expectativa, ao menos no curto prazo, de geadas, que poderiam redundar em prejuízo às lavouras, segundo institutos de meteorologia. As condições de frio continuam sendo esperadas para tais regiões, ao menos até a metade de junho, sustentou a empresa somar.
"Estamos naquele momento do ano em que o clima produz alguns saltos nos preços, no caso atual é por conta do frio no Brasil", disse Spencer Patton, chefe de investimento da Steel Vine Investments, em Chicago. "Nada mudou no campo fundamental. Eu seria um vendedor nesse momento no café", complementou.
Os ganhos do café estão limitados por conta da nova safra de ciclo alto do Brasil. Apesar de os arabicas brasileiros não serem vendidos diretamente na bolsa de Nova Iorque eles estão ganhando espaço junto aos torrefadores nos últimos anos.
Os grãos de alta qualidade lavados estão bastante escassos no mercado, por conta de safras bastante pobres de países da América Latina, incluindo a Colômbia, México e os centro-americanos.
As condições na América Central ainda estão sendo analisadas após a passagem da tormenta tropical Agatha, que trouxe destruição para áreas da Guatemala, El salvador e Honduras. Embora a colheita do café na maior parte das áreas produtoras desses países já tenha sido finalizada, os problemas verificados agora poderão redundar em problemas para as produções dos próximos anos. Danos significativos foram reportados em estradas, o que deverá fazer com que haja atrasos nas remessas de café ao mercado, assim como a chegada de fertilizantes para as lavouras, outro fator que poderá se refletir no futuro.
O fechamento do julho nesta quarta-feira abaixo dos 135,50 centavos poderia dar forma para que o mercado buscasse um suporte técnico em 135,00, 133,00 e 130,00 centavos por libra, segundo avaliou Veronique Lashinski, analista técnica da Newedge USA, em Chicago.
"Os preços do café podem também passar a ficar mais pressionados nos próximos dias por novas ações vendedoras", sustentou Patton.
Segundo Jim Stellakis, analista independente, um sentimento bullish (altista) atinge o segmento cafeeiro, com os preços avançando cerca de 13% em um mês. Segundo ele, em três de cada quatro anos, desde 1973, no período entre 31 de maio e 15 de julho, quando da ocorrência da colheita no Brasil e uma menor demanda de café no Hemisfério Norte por conta do calor, se verificou uma depressão nos preços. A queda média no período foi de 14%. "Em junho verificamos um cenário pior, mas ele tem certa continuidade em julho", disse. Caso não se verifiquem problemas naturais no Brasil, como geadas, os futuros do café poderiam cair para o nível próximo de 119,00 centavos no final de junho, de acordo com projeções do analista independente, sendo que, caso as cotações se posicionem abaixo disso, poderia se buscar os 115,00 centavos. "Os players deveriam, neste momento, ser muito disciplinados e vender acima dos 130,30 centavos. Os que querem apostar em uma possível geada devem ir para o mercado de opções para controlar os riscos", sustentou.
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 3.058 sacas, indo para 2,318 milhões. Os contratos em aberto na bolsa nova-iorquina tiveram um aumento de 1.391 lotes, totalizando 137.543.
O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 32.959 lotes, com as opções tendo 4.764 calls e 3.077 puts.
Tecnicamente, o julho tem uma resistência no patamar de 138,10, 138,50, 139,00-139,10, 139,50, 140,00, 140,50 e 141,00 centavos por libra peso, com o suporte se localizando em 135,20, 135,00, 134,50, 134,00, 133,60-136,50, 136,00 e 135,50 centavos por libra.
Os preços do café se valorizaram quase 3% nas duas últimas semanas, quando o mercado adquiriu um status de "climático". As zonas produtoras de café do Brasil estão esperando temperaturas mais baixas desde a metade de maio. Não há a expectativa, ao menos no curto prazo, de geadas, que poderiam redundar em prejuízo às lavouras, segundo institutos de meteorologia. As condições de frio continuam sendo esperadas para tais regiões, ao menos até a metade de junho, sustentou a empresa somar.
"Estamos naquele momento do ano em que o clima produz alguns saltos nos preços, no caso atual é por conta do frio no Brasil", disse Spencer Patton, chefe de investimento da Steel Vine Investments, em Chicago. "Nada mudou no campo fundamental. Eu seria um vendedor nesse momento no café", complementou.
Os ganhos do café estão limitados por conta da nova safra de ciclo alto do Brasil. Apesar de os arabicas brasileiros não serem vendidos diretamente na bolsa de Nova Iorque eles estão ganhando espaço junto aos torrefadores nos últimos anos.
Os grãos de alta qualidade lavados estão bastante escassos no mercado, por conta de safras bastante pobres de países da América Latina, incluindo a Colômbia, México e os centro-americanos.
As condições na América Central ainda estão sendo analisadas após a passagem da tormenta tropical Agatha, que trouxe destruição para áreas da Guatemala, El salvador e Honduras. Embora a colheita do café na maior parte das áreas produtoras desses países já tenha sido finalizada, os problemas verificados agora poderão redundar em problemas para as produções dos próximos anos. Danos significativos foram reportados em estradas, o que deverá fazer com que haja atrasos nas remessas de café ao mercado, assim como a chegada de fertilizantes para as lavouras, outro fator que poderá se refletir no futuro.
O fechamento do julho nesta quarta-feira abaixo dos 135,50 centavos poderia dar forma para que o mercado buscasse um suporte técnico em 135,00, 133,00 e 130,00 centavos por libra, segundo avaliou Veronique Lashinski, analista técnica da Newedge USA, em Chicago.
"Os preços do café podem também passar a ficar mais pressionados nos próximos dias por novas ações vendedoras", sustentou Patton.
Segundo Jim Stellakis, analista independente, um sentimento bullish (altista) atinge o segmento cafeeiro, com os preços avançando cerca de 13% em um mês. Segundo ele, em três de cada quatro anos, desde 1973, no período entre 31 de maio e 15 de julho, quando da ocorrência da colheita no Brasil e uma menor demanda de café no Hemisfério Norte por conta do calor, se verificou uma depressão nos preços. A queda média no período foi de 14%. "Em junho verificamos um cenário pior, mas ele tem certa continuidade em julho", disse. Caso não se verifiquem problemas naturais no Brasil, como geadas, os futuros do café poderiam cair para o nível próximo de 119,00 centavos no final de junho, de acordo com projeções do analista independente, sendo que, caso as cotações se posicionem abaixo disso, poderia se buscar os 115,00 centavos. "Os players deveriam, neste momento, ser muito disciplinados e vender acima dos 130,30 centavos. Os que querem apostar em uma possível geada devem ir para o mercado de opções para controlar os riscos", sustentou.
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 3.058 sacas, indo para 2,318 milhões. Os contratos em aberto na bolsa nova-iorquina tiveram um aumento de 1.391 lotes, totalizando 137.543.
O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 32.959 lotes, com as opções tendo 4.764 calls e 3.077 puts.
Tecnicamente, o julho tem uma resistência no patamar de 138,10, 138,50, 139,00-139,10, 139,50, 140,00, 140,50 e 141,00 centavos por libra peso, com o suporte se localizando em 135,20, 135,00, 134,50, 134,00, 133,60-136,50, 136,00 e 135,50 centavos por libra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário