Os traders têm se ocupado em acompanhar a evolução das chuvas que incidem sobre as lavouras do Brasil, em meio a rumores de que o volume incomum de precipitações poderia ser nocivo à floração da safra 2010/11, que está em desenvolvimento. Esses boatos sustentaram, em parte, a valorização registrada hoje nos Estados Unidos, segundo traders.
O analista James Cordier, da corretora Optionsellers.com, chamou esses rumores de "absurdos", e disse que a chuva "vai produzir uma safra abundante em 2010". Em âmbito técnico, um operador avaliou que existe "suporte substancial aos 139,50 cents, a média móvel em 9 dias".
O café chegou a caminhar em terreno negativo, de modo que ordens automáticas de venda aceleraram o declínio do contrato dezembro. Mas logo surgiram compras de torrefadores, quando os preços estavam em seus níveis mais baixos no dia, segundo operadores. Compras de fundos continuam, à medida que o Deutsche Bank segue reposicionando um de seus fundos de índices, de acordo com alguns traders.
O mercado recebeu hoje a estimativa da torrefadora italiana Illy, que acredita em um grande aumento no tamanho dos estoques mundiais de café no ciclo 2010/11, já que uma safra recorde aumentará o fornecimento após anos de oferta apertada. A avaliação é de Andrea Illy, CEO da torrefadora. Segundo a projeção da empresa, a produção mundial de café na temporada 2010/11 chegará a 145 milhões de sacas de 60 quilos, mais do que as 132 milhões de sacas de 2009/10.
A expectativa é de que o consumo mundial de café em 2010 totalize algo em torno de 135 milhões de sacas, o que representa um superávit de 10 milhões de sacas, de acordo com a projeção da Illy. A CEO também afirmou que ainda é prematuro dizer que as chuvas recentes no Brasil estão danificando a safra 2010/11.
O volume estimado de contratos negociados hoje, segundo a bolsa ICE Futures US, foi de 12,4 mil lotes, além de 2,5 mil opções de compra e 3,3 mil opções de venda.
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