quarta-feira, 17 de junho de 2009

Últimas notícias sobre o leilão de opções de café

CAFÉ: GOVERNO SUSPENDE LEILÃO DE OPÇÕES DA PRÓXIMA SEXTA-FEIRA

Brasília, 16 - O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, suspendeu há pouco a realização do primeiro leilão de opções de café, previsto para ocorrer na próxima sexta-feira, segundo informação da assessoria de imprensa do ministério. A previsão era de que esse leilão, o primeiro de um total de quatro, fosse feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os motivos que levaram à suspensão não foram divulgados até o momento pela Agricultura.

O secretário de Produção e Agroenergia, Manoel Bertone, e o diretor do Departamento de Café (Decaf), Lucas Tadeu, ambos do Ministério da Agricultura, estavam em reunião e não puderam atender a reportagem da Agência Estado.

Mais cedo, a Conab havia divulgado aviso para dois dos leilões de Contratos de Opção de Venda de café da safra 2009. O primeiro teria oferta de 1 milhão de sacas, com o preço de abertura do prêmio em R$ 1,5175 a saca. O segundo leilão, programado para o dia 24, não sofreu alteração até o momento, e tem oferta de 800 mil sacas, com prêmio de R$ 1,5450 por
saca.

Podem participar dos leilões produtores de café e suas cooperativas cadastradas na Bolsa de Mercadorias, Cereais e de Futuros interveniente da operação e que estejam em situação regular no Sistema de Registro e Controle de Inadimplentes da Conab. O produtor poderá adquirir o limite máximo de 400 sacas, independente do número de leilões que participa.

A data de exercício da opção do primeiro leilão seria 13 de novembro deste ano e o preço de exercício de R$ 303,50/saca. O segundo leilão tem vencimento em 15 de janeiro de 2010, ao preço de exercício de R$ 309/saca.

CAFÉ: DOIS PRIMEIROS LEILÕES DE OPÇÃO SÃO ADIADOS POR 7 A 10 DIAS

Brasília, 16 - O secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Manoel Bertone, confirmou há pouco a suspensão de dois dos quatro leilões de opções de café, previstos para ocorrer a partir da próxima sexta-feira. De acordo com ele, o adiamento está relacionado ao tipo de café descrito na portaria interministerial da semana passada, com os detalhes da operação. "Vamos adiar o leilão por uma semana ou 10 dias", projetou Bertone, à saída do Ministério da Fazenda, onde esteve reunido com secretário-adjunto de política econômica da Fazenda, Gilson Bittencourt.

O café descrito no documento interministerial é do tipo 6, com 86 defeitos, peneira 14 acima, com zero de vazamento. A classificação do café será mantida (tipo 6, com 86 defeitos) e o que será alterado agora, segundo o secretário, é que o café será peneira 13 acima com até 10% de vazamento. "O café estipulado inicialmente não correspondia ao cálculo do custo da produção", justificou.

Ele acrescentou que o café com peneira 14 acima é menos comum de se encontrar no mercado do que o peneira 13 acima. Uma das consequências da mudança do tipo de café está relacionada ao valor do produto. Como a nova exigência é menor e o preço será mantido, naturalmente o produtor receberá mais do que o imaginado inicialmente pelo grão a ser entregue. Bertone explicou que o erro de classificação vem sendo cometido desde 2003, mas que só agora foi observado porque os leilões de opções passaram a ter como base o preço mínimo e não o de referência, usado até então.

O Ministério da Agricultura aproveitará a necessidade de alteração do documento sobre a tipificação do café para realizar outra mudança. O anexo 3, um documento que precisa ser entregue pelas cooperativas que participarem dos leilões, deverá estar disponível na data do exercício do leilão e não mais dois dias após a realização dos mesmos, como está discriminado hoje na portaria interministerial. "Aproveitamos para fazer outros aprimoramentos", disse Bertone. Esta mudança, de acordo com ele, proporcionará melhora para os produtores.

Para realizar as mudanças, é preciso que as alterações sejam aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que deve marcar uma reunião extraordinária para segunda ou terça-feira da próxima semana. Uma nova portaria interministerial também precisará ser editada. "Tudo ocorrerá de forma rápida", garantiu Bertone. Os preços e demais números contidos no documento não serão alterados, de acordo com o secretário.

Mais cedo, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), responsável pela realização dos leilões, havia divulgado aviso para dois dos leilões de Contratos de Opção de Venda de café da safra 2009. O primeiro terá oferta de 1 milhão de sacas, com o preço de abertura do prêmio em R$ 1,5175 a saca. O segundo leilão terá oferta de 800 mil sacas, com prêmio de R$ 1,5450 por saca.

Podem participar dos leilões produtores de café e suas cooperativas cadastradas na Bolsa de Mercadorias, Cereais e de Futuros interveniente da operação e que estejam em situação regular no Sistema de Registro e Controle de Inadimplentes da Conab. O produtor poderá adquirir o limite máximo de 400 sacas, independente do número de leilões que participa.A data de exercício da opção do primeiro leilão foi mantida em 13 de novembro deste ano e o preço de exercício de R$ 303,50/saca. O segundo leilão tem vencimento em 15 de janeiro de 2010, ao preço de exercício de R$ 309/saca.

CAFÉ: SUSPENSÃO DE LEILÕES NÃO DEVE SER BEM-ACEITA PELO MERCADO

São Paulo, 16 - A suspensão dos leilões de opção de café, por uma semana a dez dias, conforme divulgado hoje pelo Ministério da Agricultura, causou desdém entre os participantes do mercado. Segundo um operador da Terra Futuros, o resultado imediato é que o mercado "não deverá aceitar muito bem essa decisão". De acordo com ele, "a primeira reação pode ser negativa", refletindo-se em possível queda nos preços futuros na reabertura de amanhã da Bolsa de Nova York (ICE Futures US).

Conforme um corretor de Santos (SP), o Ministério da Agricultura levou meses para conseguir aparar arestas e aprovar o programa de opções, "mas na hora H mostra sinais de improviso". "Essas mudanças de última hora causam mais dúvidas do que certezas", acrescentou.

Ele comentou que o governo já teve experiência em leilões de opção de venda de café, realizados com sucesso em 2002. Naquela ocasião, as regras já previam entrega de café arábica, tipo 6, bebida dura para melhor, com até 86 defeitos, peneira 13 acima (permitido vazamento de 10%) e teor de umidade de até 12,5%. "Era só copiar", disse, lacônico.

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