quarta-feira, 7 de abril de 2010

Consumo no Brasil cresce 4,15% e chega a 18,39 milhões de sacas em 2009


Café: consumo no Brasil cresce 4,15% e chega a 18,39 milhões de sacas em 2009

O consumo de café no Brasil em 2009 aumentou 740 mil sacas e saltou de 17,65 milhões, em 2008, para 18,39 milhões de sacas. Esse crescimento de 4,15% superou até mesmo as expectativas iniciais da ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café, que eram de uma elevação de 3%. Esses resultados partem do estudo “Indicadores da Indústria de Café no Brasil/2009 – Desempenho da Produção e Consumo Interno”, elaborado pela Área de Pesquisas da entidade e que analisa os dados do período compreendido entre Novembro/2008 e Outubro/2009.

O consumo per capita foi, em 2009, de 5,81 kg de café em grão cru, ou 4,65 kg de café torrado, quase 78 litros por pessoa por ano, registrando uma evolução de 3% em relação ao período anterior. Os brasileiros estão consumindo mais xícaras de café por dia e diversificando as formas da bebida durante o dia, adicionando ao café filtrado/coado consumido nos lares, os cafés ‘espressos’, cappuccinos e outras combinações com leite.

O estudo da ABIC mostra que este resultado aproxima o consumo per capita brasileiro ao da Alemanha (5,86 kg/hab.ano) e já supera os índices da Itália e da França, que são grandes consumidores de café. Os campeões de consumo, entretanto, ainda são os países nórdicos – Finlândia, Noruega, Dinamarca – com um volume próximo dos 13 kg/por habitante/ano. Por outro lado, considerando o café já torrado e moído, o consumo per capita de 4,65 kg/hab.ano aproxima-se do consumo histórico brasileiro, registrado em 1965, que foi de 4,72 kg/hab.ano.

Sem crise

De acordo com Almir José da Silva Filho, presidente da ABIC, na previsão inicial feita pela entidade para o ano de 2009 foi levada em conta a crise financeira e econômica mundial deflagrada no final de 2008. “Porém, como pudemos constatar em muitos outros segmentos produtivos e nas famílias brasileiras, essa crise não afetou o consumo de café”. Inclusive, dados mostram que as empresas associadas à entidade, que participam com quase 65% do café industrializado produzido, tiveram uma evolução ainda mais significativa, de 6,28% em relação a 2008.

“Nesta apuração, mantivemos a hipótese, bastante conservadora, de que as empresas não-associadas e o consumo não-cadastrado, que é aquele informal e que ocorre nas fazendas, não cresceram, contribuindo com 0% na média final, ou seja, que o grupo das maiores empresas assumiu parte do mercado das menores. Assim, enquanto os dados das empresas associadas indicam neste grupo um crescimento de 6,28% em relação a 2008, o volume total, em função da hipótese assumida, reduziu-se para 4,15%”, explica Almir Filho.

O estudo da ABIC mostra que tanto o consumo doméstico, predominantemente de cafés do tipo Tradicional, quanto o consumo fora do lar, onde predominam os cafés Superiores e Gourmet, apresentaram taxas de crescimento positivas. “Maiores investimentos em produtos e no marketing interno do café impulsionaram as vendas das marcas mais conhecidas”, informa Natal Martins, responsável pela área de Pesquisa da entidade. Por outro lado, novas marcas de cafés especiais foram lançadas no período, fazendo com que o mercado interno passasse a apresentar uma oferta significativa de cafés de alta qualidade para os consumidores brasileiros. A ABIC estima que este segmento de cafés diferenciados, embora represente a menor parte do consumo, continue apresentando taxas de crescimento de 15% ao ano.

Expectativas para 2010

Para 2010 a ABIC projeta um crescimento de 5% em volume, o que elevaria o consumo para 19,31 milhões de sacas. As vendas do setor em 2009 podem ter atingido R$ 6,8 bilhões e espera-se que cheguem a R$ 7,1 bilhões neste ano.

Com isso, a meta da ABIC para o consumo interno atingir 21 milhões de sacas parece que poderá ser alcançada em 2012. “Com a economia brasileira sendo impulsionada em 2010, e as boas previsões que se fazem para o crescimento do PIB, do consumo das classes C, D e E, mais a previsão de que as classes A e B poderão crescer 50% até 2015, é natural que o consumo do café siga crescendo”, diz Almir Filho. Assim, o limite desafiador de 21 milhões de sacas (que fará o Brasil ser o maior país consumidor mundial de café, superando os Estados Unidos) poderá ser atingido em 2012, mas desde que a evolução anual se mantenha em, pelo menos, 5% ao ano.

Para atingir essa meta, a ABIC vai continuar em 2010 a estimular o aumento do consumo geral e a oferta de cafés diferenciados, ampliando a adesão das empresas aos seus diversos programas de qualidade e certificação, como o Selo de Pureza, o PQC – Programa de Qualidade do Café e o PCS – Programa Cafés Sustentáveis do Brasil, entre outros.

Preços e exportação

Os preços do produto para os consumidores ficaram estáveis em 2009, acompanhando uma tendência que já se mantém nos últimos quatro anos, conforme mostram pesquisas permanentes feitas pela entidade. Em Janeiro/2008, o café custava R$ 10,20/kg, em média, nos supermercados, enquanto em Dezembro/2009 o preço era de R$ 10,49/kg, uma evolução de somente 2,8%, abaixo da inflação do período. Assim, o café continua sendo um produto muito acessível aos consumidores, mesmo nas categorias de maior qualidade e mais valor agregado, como os cafés Superiores e Gourmet.

Já as vendas para o exterior de café industrializado, torrado e moído com marca brasileira, totalizaram US$ 29,6 milhões em 2009, contra US$ 35,6 milhões em 2008. Em volume, as exportações reduziram 18,6%, e em valor, houve decréscimo de 16,8%. As razões desta redução, de acordo com análise da ABIC, estão ligadas ao menor volume de compras do mercado americano, principal importador do café industrializado brasileiro, na esteira da crise econômica que afetou os negócios e a economia daquele país no ano passado. Iniciativa recente, a exportação de cafés industrializados assumiu característica de negócio consistente a partir de 2002, com o convênio firmado entre a ABIC e a Apex-Brasil na forma de um Projeto Setorial Integrado de Promoção às Exportações de Cafés Industrializados.

O estudo completo dos “Indicadores da Indústria de Café no Brasil/2009 – Desempenho da Produção e Consumo Interno” pode ser acessado no site www.abic.com.br.

07/04: Estudo do Bradesco sobre o mercado de café

Estudo do Bradesco sobre o café com dados de 1999 – 2009
Estudo do DEPEC - Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, sobre o café com dados de 1999 – 2009
O Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco ( DEPEC ), realizou um ótimo estudo sobre os diversos ciclos do mercado de café com dados de 1999 – 2009. Foram analisados, por meio de gráficos, focando desde a produção, com custo de produção por região cafeeira, comercialização, no item exportação focou-se os principais importadores e o consumo mundial per capita, e muitos outros coparativos.

http://www.tradesenior.com.br/arquivos/cafebradesco.pdf

07/04: Safras e Mercados divulga previsão de safra


A safra brasileira de café 2010/11 deve ficar entre 51,6 a 54,2 milhões de sacas. É o que aponta a primeira sondagem de SAFRAS & Mercado para a safra 2010/11 (colhida em 2010), realizada através de um levantamento junto a produtores, agrônomos, técnicos, cooperativas e secretarias de agricultura, exportadores e indústrias, entre outros órgãos das regiões produtoras de café do Brasil. Já a produção 2009/10 foi ligeiramente revisada para cima por SAFRAS de 42,5 milhões de sacas para 43,2 milhões de sacas.

Na comparação entre a safra 2010/11 e 2009/10, SAFRAS projeta, portanto, uma elevação na produção de 19% a 25%. O número médio da safra 2010/11 (entre estimativa mínima e máxima) ficou em 52,9 milhões de sacas, acima da safra recorde de 2002/03, que fora de 52,5 milhões de sacas, segundo SAFRAS.

A produção total de arábica 2010/11 foi indicada em 39,05 a 41,05 milhões de sacas, com aumento de 24% a 31% sobre 2009/10 (31,4 milhões de sacas). Já a safra 2010/11 de conillon foi colocada em 12,55 a 13,15 milhões de sacas, devendo ter incremento de 6% a 11% na comparação com 2009/10 (11,8 milhões de sacas).

Veja abaixo o quadro completo com a primeira sondagem de SAFRAS & Mercado para a safra brasileira de café 2010/11 e a revisão da safra 2009/10, além de comparativo com safras anteriores:

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CAFÉ BRASIL: PRIMEIRA SONDAGEM - SAFRA 2010/11

- em milhões de sacas de 60 quilos -

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2010/11** 2009/10* 2008/09* 2007/08

Var % Var % Média (b)

(a1/b) (a1) (a2/b) (a2)

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Minas Gerais 25 27,10 32 28,60 27,85 21,60 26,00 17,20

- Sul/Oeste 30 15,00 39 16,00 15,50 11,50 14,20 8,50

-Cerrado 36 5,30 41 5,50 5,40 3,90 5,00 3,10

-Zona da Mata 10 6,80 15 7,10 6,95 6,20 6,80 5,60

Espírito Santo 3 12,00 8 12,50 12,25 11,60 11,90 10,40

- arábica 12 2,90 15 3,00 2,95 2,60 2,80 2,10

- conillon 1 9,10 6 9,50 9,30 9,00 9,10 8,30

São Paulo 28 4,60 33 4,80 4,70 3,60 4,80 3,10

Paraná 31 2,10 38 2,20 2,15 1,60 2,60 1,90

Bahia 20 2,40 25 2,50 2,45 2,00 2,45 2,30

- arábica 20 1,80 23 1,85 1,83 1,50 1,80 1,60

-conillon 20 0,60 30 0,65 0,63 0,50 0,65 0,70

Rondônia 25 2,00 31 2,10 2,05 1,60 1,90 1,50

Outros 17 1,40 25 1,50 1,45 1,20 1,45 1,50

-arábica 10 0,55 20 0,60 0,58 0,50 0,65 0,60

-conillon 21 0,85 29 0,90 0,88 0,70 0,80 0,90

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ARÁBICA 24 39,05 31 41,05 40,05 31,40 38,65 26,50

CONILLON 6 12,55 11 13,15 12,85 11,80 12,45 11,40

TOTAL 19 51,60 25 54,20 52,90 43,20 51,10 37,90

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Fonte: Cooperativas; Produtores, Exportadores, Comerciantes, Armazenadores, Secretarias de Agriculutras e Deral/PR

*Estimativas e **Projeções - Safras & Mercado

Elaboração: Safras e Mercado

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(LC)

06/04: NY fecha em baixa à espera da safra brasileira

Em meio à expectativa da chegada da safra brasileira ao mercado, os preços futuros do café arábica recuaram das máximas hoje na bolsa ICE Futures US, em Nova York. Os contratos com vencimento em maio, os mais líquidos, caíram 45 pontos ou 0,32% e fecharam a 139,20 cents/lb.

Nas últimas duas semanas, compras de especuladores puxaram os preços do café. De acordo com um corretor e analista, o apetite pelo risco aumentou por causa da influências das commodities metálicas e de energia. O contrato maio atingiu a maior cotação em dois meses, na segunda-feira, a 139,85 cents/lb. Mas não foi capaz de alimentar esse momento altista.

O analista Spencer Patton, chefe de investimentos da corretora Steel Vine Investments, disse não acreditar "que o café ainda tenha muito a avançar. Seria surpreendente vê-lo acima de 140 cents".

Traders esperam que a safra 2010/11 no Brasil tenha de 48 a mais de 50 milhões de sacas de 60 kg. A colheita de conillon está a caminho, mas a de arábica começa apenas em maio. "Vai aliviar rapidamente qualquer aperto no mercado à vista", disse Patton.

De acordo com a ICE Futures US, o volume estimado de contratos negociados hoje foi de 23,7 mil lotes, além de 2,9 mil opções de compra e 3,5 mil opções de venda. Veja abaixo como ficaram os principais vencimentos do café em Nova York e Londres. As informações são da Dow Jones.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

5/4: O café futuro em NY atinge máxima de 2 meses

O mercado futuro de café na ICE Futures em NY atingiu a máxima de 2 meses fechando a 139,65 cents com alta de 225 pontos.

Diante do período de entre safra no mercado cafeeiro, os traders tem posicionados no lado da compra forçando um movimento de alta iniciado no fim de fevereiro.

O mercado tem trabalho no range de 130,00 a 150,00 cents desde 10 de setembro de 2009. No atual momento é como se estivess no meio do caminho.

Do lado técnico, temos os grafistas mostrando potencial de alta com seus indicadores e o movimento praticamente geral de recuperação de preços das commodities com a perspectiva de melhora do mercado acionário internacional.

Foram negociados 25.523 lotes. Os contratos em aberto recuaram 278 lotes para 130.103 lotes.

Acompanhe abaixo a tabela de cotações:

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

04/01: Suporte e Resistência

Gráfico Café Futuro Março 2010 - ICE Futures

R4: 146,20
R3: 145,75
R2: 143,55
R1: 142,50
S1: 141,00-140,90
S2: 140,30
S3: 137,60
S4: 136,00

01/04: Fundos levam mercado de café a forte alta

O mercado de café teve um dia de fortes altas com fundos de investimentos atuando pesado em função da fraqueza do dólar e em relação ao otimismo que toma conta do mercado financeiro para 2010.

O vencimento para março fechou com alta de 590 pontos a 141,85 cents.

Nas últimas semanas de 2009 o mercado de café chegou a recuar 1.370 pontos de 149,50 para 135,80 e estava sobre vendido. A oportunidade deixada pelos players no final do ano passado não foi desperdiçado pelo mercado no primeiro dia do ano.

As exportações brasileiras de café de 1 a 30 de dezembro totalizaram 2.160.766 sacas, uma variação positiva de 6,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Os estoques certificados de café na ICE Futures subiram 2.831 sacas somando 3.089.199 sacas. Esse número é 100.571 sacas a menos em relação a 4 de dezembro e 1.324.244 sacas a menos do que 2 de janeiro de 2009. Estão sendo aguardadas 21.094 sacas para certificação.

Foram negociados 18.579 contratos e 4.954 opções. Em 31/12 constavam em aberto 124.687 lotes, 157 lotes a menos do que o dia anterior.